“Sono e sonhos melhores para um mundo melhor”. Esse será o tema da Semana Mundial do Sono. Segundo a otorrinolaringologista Dra. Danielle Salvati de Campos Malaquias, a necessidade de horas de sono é muito variável. Em média, os adultos precisam de 8 horas de sono por dia, mas é importante que cada um respeite seus limites, o que pode mudar de acordo com a fase da vida. Com o avançar da idade, por exemplo, muitos idosos podem manifestar despertares noturnos e a tendência a dormir e acordar mais cedo. Outro fator é o cronotipo, ou seja, algumas pessoas são matutinas e outras, vespertinas, que desempenham melhor suas atividades acordando mais cedo ou mais tarde.

De qualquer forma, alguns hábitos são saudáveis e colaboram para uma boa noite, como: ir para a cama com sono; manter a rotina regular no horário de se deitar e se levantar; manter o quarto escuro e silencioso; uma temperatura do quarto confortável; caso haja necessidade de se levantar durante a noite, procure usar lâmpadas adequadas, evitando luz branca ou azul; medicações para o sono só devem ser usadas com orientação médica; evitar o uso de aparelhos eletrônicos na cama, como smartphones e ver TV; evitar alimentação pesada, bebidas alcoólicas e com cafeína próximo ao horário de dormir; evitar o tabagismo e praticar exercícios físicos regularmente, e não próximo ao horário de se deitar.

Os distúrbios mais frequentes na população são apneia do sono (quando há interrupção do fluxo da respiração por 10 ou mais segundos) e a insônia, que pode ser passageira, associada a sintomas de estresse ou ansiedade. Entretanto, se os sintomas tiverem frequência igual ou superior a 3 vezes por semana durante mais de 3 meses, é considerado um problema crônico, com impactos significativos à saúde.

“A privação do sono afeta o desempenho intelectual, o humor, a memória, o controle do peso corporal, reduz a imunidade e aumenta o risco de doenças como diabetes, hipertensão arterial, obesidade e depressão. É importante consultar um especialista caso tenha com frequência sintomas como dificuldade persistente para iniciar ou manter-se dormindo; sonolência diurna; fadiga; alterações de memória; ranger os dentes; despertar com falta de ar ou roncos. Dessa forma, será possível fazer o diagnóstico correto e escolher o melhor tratamento”, complementa Dra. Danielle.